Projeto do artista e biológo Carlos Alvarez une arte e conscientização ambiental para promover a preservação do Cerrado

Anta com filhote. Ilustração a giz pastel. Autor: Carlos Alvarez


Considerado a savana com a maior biodiversidade do planeta, o Cerrado está em perigo. Acredita-se que ele seja o bioma que mais perdeu área nas últimas décadas, seja pela conversão do uso do solo pelo agronegócio ou pela expansão urbana. Com o objetivo de sensibilizar a população para a importância do Cerrado e a necessidade de preservação da sua biodiversidade, o biólogo e artista plástico Carlos Alvarez lança a Exposição Cerrado Vivo na Biblioteca Nacional de Brasília. Aberta a todos os públicos, a exposição fica em cartaz de 03 a 13 de dezembro, com entrada franca.

Realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a exposição é composta por ilustrações autorais do acervo de Carlos Alvarez, produzidas através da técnica a giz pastel. As obras, algumas em tamanho real, retratam de forma realista a rica fauna cerratense. “A técnica do giz pastel é trabalhosa e de difícil manuseio, mas dá um colorido bonito com tons parecidos com as cores dos animais do Cerrado”, comenta o artista.

Berço das águas, o Cerrado abriga nascentes das principais bacias hidrográficas do Brasil. Por outro lado, de acordo com Carlos Alvarez, a degradação do bioma se apresenta mais acelerada do que previam os especialistas: “Por conta da minha formação como biólogo, e conservacionista, a gente pensou nessa exposição na tentativa de promover e discutir sobre a importância do Cerrado entre as novas gerações, demonstrando que o perigo da sua extinção é real”.

Desde o mês de junho, a Exposição Cerrado Vivo percorreu 10 escolas públicas do Distrito Federal, passando por zonas rurais e urbanas de Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina. Nas unidades de ensino também foram realizadas contação de histórias e disponibilizados jogos da memória e quebra-cabeças com imagens das ilustrações que compõem a exposição.


Um artista a serviço da biodiversidade

Nascido no Rio de Janeiro, Carlos Alvarez mora em Brasília há 20 anos. É pessoa com deficiência física e desde a infância demonstrava notável habilidade artística e a preferência por um tema comum a muitas crianças: os animais. É formado em Biologia (UERJ), com mestrado em Ecologia de Mamíferos (UFRJ). Integrando arte e ciência, suas ilustrações de animais possuem movimento e precisão anatômica, algumas representadas em tamanho real. Sua especialidade é o desenho a giz pastel, técnica pouco utilizada no Brasil. Aquarela, lápis de cor, grafite e nanquim também compõem o repertório do artista.

Carlos Alvarez acredita no poder da arte como instrumento de conscientização e de mudança de hábitos. É reconhecido como um dos melhores ilustradores de fauna do país e é membro do Artists for Conservation, o principal grupo de artistas no mundo que apoia a conservação. Possui artigos de divulgação científica publicados, incluindo um desenho em revista científica estrangeira de relevância. Na região da Chapada dos Veadeiros (GO), mantém uma área de Cerrado preservada e disponibilizada para projetos de pesquisa de conservação. A reserva é mantida, em parte, com recursos oriundos das vendas de suas obras de arte.


SERVIÇO
Exposição Cerrado Vivo
Onde: Biblioteca Nacional de Brasília – Plano Piloto
Quando: 03 a 13 de dezembro
Horário de visitação: segunda a sexta, de 8h às 22h; sábado e domingo, das 8h às 14h (exceto feriados)
Entrada: franca
Classificação: livre
Nas redes: https://instagram.com/carlosalvarezstore
Informações: 61 9.8117.5800


FICHA TÉCNICA
Artista plástico: Carlos Alberto Benfica Alvarez
Pedagoga: Aída Batista Teles Alvarez
Designer gráfica: Susana Beatriz Miranda de Carvalho
Fotógrafa: Mariana Dutra Guedes
Diretor de produção: Maurício Médici
Coordenação administrativa e produção executiva: Carolina Lacombe
Coordenação de comunicação e assessoria de imprensa: Cruziá Comunicação


Este release foi elaborado por Keyane Dias